Já aqui aflorei este tema: As sessões de entrega de coisas por parte das câmaras. Conforme a cor assim o tratamento.
Quando é a Câmara da Guarda a promover a entrega da “coisa” chamam-lhe “Show-off”, espectáculo, utilização dos fracos, publicidade, promoção, compra e outras coisas mais.
Quando é alguém da cor é assim:
“O Município da Covilhã promove hoje uma cerimónia simbólica de entrega de cabazes de Natal às famílias carenciadas do concelho. A cerimónia simbólica de entrega de cabazes irá decorrer no Salão Nobre dos Paços do Concelho”
É por estas e por outras é que a informação regional chegou ao ponto onde chegou e cada vez com menos credibilidade.
Arte Urbana LXXXIX. Rio de Janeiro RJ.
Há 11 horas
Não sei se tem ideia da pertinência e da extensão da sua observação. E na realidade um flagelo social este a que se assiste quando os jornalistas são "comprados" e a noticia passa a ser publicidade. Já tudo e permitido e já ninguém se preocupa sequer em camuflar ou mesmo tornar mesmo explicito. Observei de forma silenciosa, mas muito atenta os últimos anos do jornalismo regional e devo dizer que a guarda esta de luto perante uma perda tão significativa. A cidade que já foi dos poetas, dos literários e dos críticos é hoje a cidade dos interesseiros, dos irresponsáveis e dos cronistas. Perderam-se os jornais e perderam-se os jornalistas. À semelhança do panorama nacional a comunicação social virou uma fábrica de fazer dinheiro onde tudo é permitido, menos fazer notícias.
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