terça-feira, 21 de junho de 2011

Dizer mal

Acordei muito mal disposto. Apetece-me dizer mal de tudo e de todos como tem sido hábito dos bons guardenses.
“Apetece-me dizer mal dos Guardenses que só sabem dizer mal. Também dos invejosos e dos que têm dores de cotovelo. Dos que dizem que o mundo foram eles que o fabricaram. Dos coscuvilheiros e mexeriqueiros.
Da Sé que é velha suja feia e fria. Da Praça Velha que está nova. Dos dois horrorosos cubos com janelão que formam o TMG e o CC e mais os seus programas elitistas para predestinados. Aquela coisa a que chamam BMEL, que é a biblioteca e que está ali inerte a brilhar ao sol e o seu vizinho CEI para os super dotados universitários e que não chegam ao povo. E também aquela coisa sem nome que se chama Parque Urbano feito em leito de cheia e que só é frequentado por velhos barrigudos e criancinhas irritantes. Não esqueço o monstro Vivaci a rivalizar com a aberração da muralha, um muro inestético de cinco metros de altura. A Torre de Menagem construída lá no alto à revelia do PDM e a destruir a silhueta do monte. O G de Guarda que é também o G de Grande M …. O hotel vanguarda também apelidado de mamarracho por um qualquer jornalista de revista de terceira. O centro histórico velho, desabitado, insalubre à espera de um empreiteiro que o derruba e construa uma coisa vistosa. Não falando do IPG construído num buraco para que os seus donos não se juntem à sociedade civil O Jardim José de Lemos é um dormitório e um passómetro com gente que nunca aprendeu a sentar-se num banco. E ainda os cães vadios a deixar os seus presentes na relva. Havia muito mais”.
“Não quero dizer mal de jornalistas e jornais, rádios e coisas que tais, tudo é mau. Políticos, ajudantes de políticos e dirigentes. Tudo para deitar for”a.
“Já chega eu vivo na Guarda e não quero sofrer uma emboscada”.
Para terminar, isto é o que se diz por aí e não é o que eu penso. Agora já estou bem-disposto. Já disse mal.

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