sábado, 28 de fevereiro de 2009

Blogue aberto aos Médicos que escrevem cartas abertas

Na Guarda há alguns médicos da Unidade Local de Saúde que se interessam pelos problemas da Unidade. Já se dirigiram ao Primeiro-ministro e também ao Ministro da Saúde e ao Presidente do Conselho da Administração. Eu aplaudo estas intervenções.
Agora eu dirijo-me aos Senhores porque têm poder e está nas Vossas mãos alterar o que vou expor e sugerir.
O meu Médio de Família, marcou-me uma consulta para os serviços de consulta externa do Hospital Sousa Martins. Passado algum tempo recebi uma carta a informar que a consulta seria a 26 de Fevereiro pelas 14 horas e 15 minutos.
Calha mesmo bem a hora que foi marcada, pensei eu. Mas uma alma caridosa logo me disse que não era aquela hora. e que poderia ser uma qualquer. Duvidei, mas já fui de pé atrás.

Então é assim:

1 - A partir das 12h30 abre o “Senhário”, aparelho com senhas numeradas, vamos lá e tiramos uma
2 – Olhamos para o painel electrónico e comparamos o nosso número com o indicado no painel
3 – Aguardamos na fila pela nossa vez
4 – Quando chega ao nosso número dirigimo-nos ao guiché
5 – Mostramos a carta, fazem um processo e dizem para esperar que nos chamem. (Se perguntar-mos dizem-nos qual é o novo número de espera)

Isto é o que deveria estar escrito na carta
Isto foi o que tive que explicar a dois ignorantes como eu. Eu já tinha feito o curso.

Duas perguntas:

Primeira: Porque razão não se informa na carta todos estes passos?

Segunda: Porque razões não marcam consultas com a hora aproximada? (Dantes sabia-se que os médicos não usavam relógio, agora todos usam).

E já agora melhorando a organização é possível alterar o que se passa na sala de espera.
A sala tem cerca de 60 cadeiras, estavam todas ocupadas e havia mais 35 pessoas de pé
A sala não deve ter mais de 50 metros quadrado.

Isto está nas Vossas mãos alterar, só não o fazem porque não querem e não é por causa das instalações.

Os Clientes / Utentes / Pacientes agradecerão

2 comentários:

  1. Caro A. Oliveira,
    Só hoje descobri o seu blogue e, por esse motivo, só hoje respondo ao desafio que nos lança.
    Apresento-me: António Matos Godinho, médico e co-subscritor das 2 cartas ao 1º ministro, à ministra da saúde, de diversos requerimentos ao conselho de administração do hospital, etc, etc.
    Reconheço-lhe inteira razão na questão que levanta. No entanto, chamo a atenção para 2 ou 3 pormenores que talvez o ajudem a compreender a realidade actual do hospital: nenhum dos médicos que subscreveu esta carta aberta ao 1º ministro ocupa qualquer cargo na hierarquia administrativa do hospital; temos actividade clínica e... cívica, na medida das nossas possibilidades. Aliás, o tema do "novo hospital" não é o único que nos ocupa na "batalha" que actualmente travamos com o CA.
    Esperamos neste momento resposta a mais de uma dezena de requerimentos enviados ao presidente do CA, a propósito da vida interna da instituição, mas o facto é que não foi até à data dada resposta a nenhum deles.
    Estou certo de que terá oportunidade de acompanhar a evolução dos acontecimentos logo que a coisa caia nas malhas do Tribunal Administrativo.
    Temos consciência de que intervir, como fazemos, cria muita azia em muita gente mas o que pedimos, no mínimo, é que quem se interessa por estas coisas fale connosco, pergunte, ouça a nossa perpspectiva das coisas.
    Um abraço e sempre ao dispor.
    António Matos Godinho

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  2. Eu tenho acompanhado a Vossa actividade cívica, já que a clínica, felizmente, por ainda ter saúde, não.
    A primeira vez que reorri à consulta externa aconteceu o que relatei.
    Eu tinha intenção de fazer chegar ao CA estas observações. Se quiserem fezer o favor de serem porta-voz os utentes agradecem

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